sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Piratas do Calibre

O Thiago é o novo artista-educador e acabou de conhecer a turma de 6 à 10 anos de segunda-feira de manhã. Brincando, o apresentamos como mais um aluno que faria parte do grupo. As crianças o aceitaram com muita facilidade.

Naquele dia, o papo todo era a respeito de piratas por causa do filme que a maioria havia assistido na noite anterior em um canal de televisão. “Vamos brincar de pirata?!”, “Vamos fazer um mapa?”, “E o tesouro??”. Bom, porquê não?

Fomos todos para a sala de matérias do PIÁ e lá descobrimos nossos tesouros: os novos instrumentos musicais que o projeto ganhou e essa turma ainda não havia tido a oportunidade de trabalhar com os mesmos. Havia réco-réco, triângulo, tambor, pandeiro e chocalho. Decidimos que guardaríamos nosso tesouro em alguma caixa e depois teríamos que seguir um mapa do tesouro para encontrar os instrumentos!

Eu e o Thiago nos oferecemos para fazer o mapa do tesouro enquanto todos iam lanchar fora dalí. O mapa foi produzido e as missões envolviam muito trabalho em grupo, revezamento de capitães, e missões de danças de pirata. O espaço escolhido foi a área onde estava montada a exposição da 1ª Mostra de Trabalhos do PiÁ e o restante do mezanino.

Cada um escolheu uma das canoas que haviam sido produzidas no semestre anterior e começamos a busca ao tesouro. Havia dança do papagaio de pirata, danças de zig-zag e giros, danças lentas, música do piano imaginário, corrente no mundo das cadeiras até encontrarem a caixa de sorvetes com o tesouro. Para cada pista um capitão diferente e assim os alunos iam se revezando como líderes e fortalecendo o grupo.

Depois de toda a epopéia. O tesouro foi consumido. Saímos em cortejo explorando cada um seu instrumento. Mais uma vez o capitão oferecia um ritmo e o restante do grupo tentava imitar, cada um com seu instrumento diferente. Foi uma experiência muito interessante, primeiro porque era o primeiro contato do Thiago com a turma e vice e versa, segundo porque a condução da atividade nasceu espontaneamente e se conduziu com muita naturalidade.

Na aula seguinte, a aluna Alana se ofereceu para fazer um mapa com os mesmos tesouros. Enquanto ele preparava o cenário, nós experimentamos danças de piratas. Amarramos cabos de vassoura em uma de nossas pernas com pedaços de tecido. Tentamos sentir o que uma pessoa sem uma perna de verdade sentia, houve essa conversa sobre as amputações do personagem do pirata, que mesmo sem um olho, uma perna e até uma mão, ele se mostrava corajoso e realizava muitas missões. Mais tarde começou à caça ao tesouro da Alana, dessa vez ela utilizou a área do BEC inteiro para o mapa dela. O projeto da Alana rendeu o restante da aula e finalizamos com os instrumentos novamente, só dessa vez trocamos de instrumentos para podermos experimentar os outros sons. Bom, os piratas estão nos inspirando...

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