sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Auto-Avaliação

Turmas de 6,7 e 8 anos

Todas as minhas turmas passaram por alguma espécie de auto-avaliação. Acredito ser importante o espaço de para , visualizar todo o processo vivido e refletir sobre o o futuro que desejamos. Os alunos são críticos e puderam criar reflexões importantes a respeirto do trabalho que exploraram, da maneira como conduzimos as atividades, a mostra e etc.



De início tentamos resgatar ao máximo as atividade de ocorreram ao longo ano. Pensamos nos alunos que existiam e não apareceram mais, nos professores que mudaram, nos alunos que entraram bem depois e se integraram super bem. Com as turmas menores dicidimos fazer um grande desenho com esses acontecimentos colocados como "pistas" para os novatos que aparecerão e não fazem a menos idéia do que acontece no PIÁ. Nesses desenhos apareceram pessoas, atividades, gestos, materiais, cores e descobertas. Pensamos nos desejos que tínhamos para o nosso grupo para o ano que vem. O que poderia ser mudado, o que poderiamos fazer que ainda não havíamos feito : materiais, lugares, jogos, exercícios....   Também nos avaliamos e pensamos nas coisas quwe poderíamos deixar nesse ano velho mesmo: as briguinhas, as desconcentrações, o bla bla bla fora de hora e etc.

Turmas de 9 à 12 anos

Os alunos maiores realizaram essa reflexão a partir de uma conversa em roda e fomos escrevendo tópicos das idéias que iam surgindo. Achei muito interessante o desejo de se apresentar mais vezes e também em lugares inusitados! Olha só! Também desejaram que as aulas começassem uma hora mais cedo e terminasse uma hora mais tarde ! hahahahahaha Falei que não vou madrugar mais ainda de jeito algum! hehe

Essa turma ainda apresentou o Programa de auditório como eles mesmos havíam planejado semanas antes. Tudo no improviso com direito à receitas, hora do tempo, entrevistas, concursos, famosos e etc! Muito espotâneo e natural! esses meninos e meninas me matam de orgulho

No final do programa, invadimos o "auditório" e devoramos a torta da avó do Hugo. Também levei Lichias que que experimentassem essa fruta tão diferente, foi uma degustação coletiva com aprovação total da platéia. Também tivemos o privilégio de conhecer o Guilherme, o novo arte educador que nos acompanhará mais de perto no próximo ano. Agora não mais com dança, mas seremos gratificados com saberes musicais nos próximos meses... No final, certificado para todos! Todos merecem muito mesmo essa lembrança!

Para o próximo ano, o desejode mais surpresas boas, muito boas

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Piratas do Calibre

O Thiago é o novo artista-educador e acabou de conhecer a turma de 6 à 10 anos de segunda-feira de manhã. Brincando, o apresentamos como mais um aluno que faria parte do grupo. As crianças o aceitaram com muita facilidade.

Naquele dia, o papo todo era a respeito de piratas por causa do filme que a maioria havia assistido na noite anterior em um canal de televisão. “Vamos brincar de pirata?!”, “Vamos fazer um mapa?”, “E o tesouro??”. Bom, porquê não?

Fomos todos para a sala de matérias do PIÁ e lá descobrimos nossos tesouros: os novos instrumentos musicais que o projeto ganhou e essa turma ainda não havia tido a oportunidade de trabalhar com os mesmos. Havia réco-réco, triângulo, tambor, pandeiro e chocalho. Decidimos que guardaríamos nosso tesouro em alguma caixa e depois teríamos que seguir um mapa do tesouro para encontrar os instrumentos!

Eu e o Thiago nos oferecemos para fazer o mapa do tesouro enquanto todos iam lanchar fora dalí. O mapa foi produzido e as missões envolviam muito trabalho em grupo, revezamento de capitães, e missões de danças de pirata. O espaço escolhido foi a área onde estava montada a exposição da 1ª Mostra de Trabalhos do PiÁ e o restante do mezanino.

Cada um escolheu uma das canoas que haviam sido produzidas no semestre anterior e começamos a busca ao tesouro. Havia dança do papagaio de pirata, danças de zig-zag e giros, danças lentas, música do piano imaginário, corrente no mundo das cadeiras até encontrarem a caixa de sorvetes com o tesouro. Para cada pista um capitão diferente e assim os alunos iam se revezando como líderes e fortalecendo o grupo.

Depois de toda a epopéia. O tesouro foi consumido. Saímos em cortejo explorando cada um seu instrumento. Mais uma vez o capitão oferecia um ritmo e o restante do grupo tentava imitar, cada um com seu instrumento diferente. Foi uma experiência muito interessante, primeiro porque era o primeiro contato do Thiago com a turma e vice e versa, segundo porque a condução da atividade nasceu espontaneamente e se conduziu com muita naturalidade.

Na aula seguinte, a aluna Alana se ofereceu para fazer um mapa com os mesmos tesouros. Enquanto ele preparava o cenário, nós experimentamos danças de piratas. Amarramos cabos de vassoura em uma de nossas pernas com pedaços de tecido. Tentamos sentir o que uma pessoa sem uma perna de verdade sentia, houve essa conversa sobre as amputações do personagem do pirata, que mesmo sem um olho, uma perna e até uma mão, ele se mostrava corajoso e realizava muitas missões. Mais tarde começou à caça ao tesouro da Alana, dessa vez ela utilizou a área do BEC inteiro para o mapa dela. O projeto da Alana rendeu o restante da aula e finalizamos com os instrumentos novamente, só dessa vez trocamos de instrumentos para podermos experimentar os outros sons. Bom, os piratas estão nos inspirando...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Mudanças!

Desde o início do projeto, das minhas seis turmas, três eram compartilhadas com a artista-educadora Juliana França. Particularmente ela foi uma pessoa muito importante dentro do meu aprendizado quanto ao projeto de iniciação artística. Nossas aulas e turmas já fazem parte significante de uma história dentro desse ano corrido. Porém a Ju deixou o PIÁ no início desse mês, duas semanas antes da Mostra dos nossos alunos para a comunidade e os pais. Conversamos com todas as turmas e a maioria dos alunos se mostrou muito maduros. A Juliana contou que estaria se afastando para dar conta da coisa que ela mais gosta de fazer na vida, dançar. Para isso era preciso mais tempo e assim não continuaria no PiÁ, mas estaria próxima produzindo arte como os próprios alunos.




Por sorte fiquei poucas semanas sozinha. Uma das três turmas recebeu um novo educador para substituir a Juliana. Mais sorte ainda que o novo artista é da mesma área que a outra educadora, dança. Sim, poderia ser outra área qualquer, mas nossos alunos gostam muito de danças e se desenvolveram muito ao longo desse processo de aprendizado. Thiago Arruda seja bem vindo!

sábado, 7 de novembro de 2009

Se nós não vamos à Água, a Água vai até nós

Turma de 6, 7 e 8 anos

A manhã da quarta feita amanheceu ensolarada como poucos dias desse ano em Sapopemba. Nessa aula pretendíamos fazer a visita ao córrego da região, mas, o sol modificou nossos planos. Como as crianças são pequenas decidimos adaptar nossa saída à um roteiro mais fresco e menos " queimador" de cabeças. Do lado de fora do CEU Sapopemba, próximo às piscinas e a caixa d´agua, fizemos um caminho sobre a grama por onde aconteceria as danças da água. Existia o local onde se começava, igual para todo mundo, e também o local de chegada, o resto do caminha era a criança e nós educadoras que inventávamos. Cada um tinha um recipiente diferente para criar a dança com a água, esses objetos foram produzidos em sala na última segunda feira.

As danças exigiram muita concentração para que acontecessem no ar livre. Cada alunos criou um caminhada com danças e água. Nem mesmo pisar na grama foi um problema dessa vez. Cada danças foi filmada e faremos uma edição para a Mostra do dia 14 de Novembro. É a primeira oportunidade de nossos alunos repartirem um pouco do processo ocorrido durante o ano. A água foi objeto de muita pesquisa, produção e discussão no grupo. A apresentação estará aberta aos familiares, amigos e alunos de outras turmas e professores.


Na segunda parte desse dia ensolarado, realizamos a ação dos Lambes-Lambes. Nossos desenhos foram distribuídos nos postes de luz no entorno do CEU. As crianças se revessavam para colar e escolher o desenhos que ficariam em cada poste. Essa ação também será apresentada no dia da mostra. Foi muito importante doar nossos desenhos à cidade, ao bairro, à nós mesmos.





Turma de 9, 10, 11 e 12 anos

Gastamos nosso tempo produzindo propagandas para que as pesssoas frequentem a Mostra, e consequentemente vejam o video-clip produzido por eles o ano todo. Utilizamos posters que eu havia trazido da Pinacoteca do Estado, havíam imagens repetidas de artistas que exporam lá no museu a um tempão atrás. O papel de grandes dimensões serviu para construírmos uma pintura gigante colocada depois ao lado do Teatro do CEU Sapopemba, nela foi escrita posteriormente " Em Breve em um cinema perto de você!", referência sutil ao nosso clip. Também aproveitamos as próprias imagens que estavam nos posters para adaptá-las às nossas propagandas. Os alunos estão muuuuito ansiosos com o resultado do clip. A educadora Juliana França na semana passada justificou para os alunos o motivo do seu afastamento do projeto mas ao mesmo tempo se manteve ligada ao projeto enquanto edita o clip. Os alunos entenderam que ela estrá longe para continuar construindo suas produções artísticas, e de alguma maneira, é uma oportunidade de estar próximo dela de outra maneira, quem sabe em breve assistindo-a também.


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Video- Clip e Chuva

Turma de 9,10,11 e 12 anos

A criação do nosso video-clip está em produção total, melhor ainda quando a produção é assumida pelos próprios alunos. Um espaço onde se pode criar e ter idéias,ainda melhor quando há ferramentas trabalhando à nosso favor.

Durante essas aulas trabalhamos com uma das músicas trazidas pelas crianças, uma música do Exaltasamba chamada Teu Segredo. Observãmos atentamente a letra da canção e juntos passamos a criar movimentos a partir das referências trazidas pela própria música. Como inspiração na dança que havíamos assitido da Pina Bausch, utilizaríamos apenas mãos e cabeça para essa coreografia. Ensaiamos, mudamos, ensaiamos, ensaiamos.... Pudemos gravar, observar, fazer modificações, tivemos mais idéias, as realizamos, ensaiamos novamente e mais gravações.

Estamos ansiosos, todos nós. No dia da mostra teremos um trabalho pequenininho que nasceu faz um tempão com o esfoço de idéias, de formar um turma nova, de entender como estávamos fazendo arte a partir das referências que trazemos, tanto nós educadores como os próprios alunos. Tem um pedacinho de todo mundo dentro desse video-clip e logo mais ele estará pronto!



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Danças de Caminhadas e Lambe-Lambe

Os exercícios de criação de danças a partir de caminhadas têm se intensificado. Os alunos estão conciêntes que acontecerá um movimento até o rio, alguma coisa diferente, algo bonito que ofereceremos em retribuição aos meses de conversas e pensamentos à respeito da água.

Trabalhamos com danças de caminhadas que utilizavam passos muito pequenininhos, passos largos, passos e saltos, caminhadas para trás, caminhadas perto do chão. Danças criativas e muito pessoais surgem desses trabalhos. Em sequida, exercitamos uma maneira de caminhar junto, um zig-zag do grupo, um zig-zag que caminha e dança. Uma estrutura que exige uma organização e concentração dos participantes. Depois continuamos a explorar as danças com a indicação de um mestre e o restante do grupo imitando as danças de cada aluno. O conjunto em movimento faz com que a dança pareça um cardume, um cardume vivo de pessoinhas.

Em outro momento, pensamos que no retorno dessa visita ao rio poderíamos deixar nossa marca por esse caminho, algo assim, João e Maria (eles que lembraram da fábula como metáfora!). Ao invés de migalhas de pão deixaríamos nossos desenhos pelo caminho. E para que os passarinhos não atrapalhem as pistas, resolvemos utilizar a técnica de lambe-lambe, ou seja, faremos uma cola bem líquida e colaremos nossos desenhos nos postes de luz que estiverem no nosso caminho de volta ao CEU Sapopemba. Assim, começamos a desenhar...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Turma da Água

Turma de 6, 7 e 8 anos

O compromisso com a água tem se tornado um acordo comum entre as duas turmas. Durante essas duas semanas temos trazidos revistas e imagens que abordam a água em diferentes perspectivas. Vimos uma cidade que o nível da água sobe fazendo as pessoas caminharem sobre a água. Um iceberg foi entendido como uma porção de água que fica sobre o mar, mostra uma pontinha na superfície e esconde outra grande parte sob as águas do mar. Também águas de rios em regiões nada poluídas, a água assume as cores do ambiente. A água aparentemente verde é apenas um reflexo de um fundo da mesma cor, e não um cor de poluição.

O tema partiu para a construção de danças que nasciam a partir de caminhadas. Cada dança com sua personalidade mas um tema em comum, o andar. Nossos alunos experimentaram e testaram as danças uns dos outros. Nossa intenção é que esse caminho dançante aconteça até um rio próximo ao nosso CEU. Será que um gesto de criatividade pode fazer diferença em um ambiente sujo e abandonado como este? Simbolicamente estamos pensando em levar uma amostra de água limpa e retornar ao CEU com outra amostra de água deste rio, certamente uma água já comprometida com o descaso de seus cuidadores.